sábado, 9 de fevereiro de 2013


OBJETOS LITÚRGICOS 
O Altar  - É a  mesa  onde se celebra  o Santo Sacrifício da Missa. É "a mesa do Senhor". (1 Cor. 10,21).  O altar representa Nosso Senhor Jesus  Cristo, pedra fundamental da Igreja. No centro do altar há uma pequena cavidade, onde se coloca uma pedra, comumente de mármore, denominada  Pedra d'ara, que encerra dentro de si  relíquias de santos mártires,  recordando o costume primitivo cristão  de celebrar o Santo Sacrifício sobre o túmulo dos mártires e  suas preciosas relíquias. Durante a Missa, o cálice e  a  Hóstia devem pousar sobre a pedra d'ara.  As toalhas do altar são três, feitas de linho ou de cânhamo, devendo ser bentas pelo Sr. Bispo ou por  um sacerdote por ele delegado. As toalhas do  altar simbolizam os lençóis  com que foi amortalhado o Corpo de Jesus. O Sacrário  - É o lugar  onde se guardam as Hóstias  Consagradas,  posicionado   na parte anterior e  central em relação ao altar.
O Missal - É o livro  litúrgico oficial da Igreja. Contém normais gerais  sobre o cerimonial litúrgico, bem como as leituras e orações apropriadas para a Santa Missa de  todos os dias e  festas do ano litúrgico. O Missal Romano é obrigatório para toda a Igreja Latina. A Santa Sé, entretanto, respeitando antiquíssimas  tradições peculiares e  algumas Ordens  Religiosas ou regiões, permite algumas exceções quanto às orações e  cerimonial.  



Cálice - Usado  por Jesus  Cristo na última ceia ,  a primeira Missa, o cálice é um dos mais santos objetos sagrados.  Deve ser consagrado pelo Bispo, a fim de poder receber o Sangue divino de Jesus. Se não for possível que o cálice todo, ou a copa, sejam de ouro ou de prata, pelo menos o interior da  copa deve ser dourado. O  Sanguíneo - ou purificador,  é uma toalhinha de Linho, com o qual o sacerdote limpa os dedos, os lábios, a patena e o cálice, depois de comungar o Corpo e o Sangue de Jesus. 


Patena - Toda de ouro, ou dourada em sua parte côncava, a Patena é um pratinho redondo, em que o sacerdote coloca a Hóstia. Serve também para recolher as  partículas de Hóstia consagrada que ficarem sobre o corporal, após a comunhão do celebrante. 




A Pala - É uma toalhinha branca, quadrada ou redonda, de linho engomado e duro. Serve para cobrir o cálice e resguardar a hóstia. 

O Corporal - É uma toalhinha  branca de linho engomado, que o sacerdote estende  sobre a  pedra d'ara, no centro do  altar, já desde o início da Missa, e sobre a qual coloca o Cálice e a Hóstia. Recordando o sudário em que foi envolvido o corpo de Jesus. 


O Véu do Cálice - É um pano da mesma  cor e  tecido que a casula, com o qual o sacerdote cobre o cálice, desde o início da Santa Missa até o Ofertório, e,  novamente, depois da comunhão. 
A Bolsa dos Corporais - É feita  de  papelão recoberto de pano da  mesma cor e  tecido que a casula.  Serve para guardar os corporais, que o sacerdote há de estender sobre o altar, no início da Missa. 



Estante - Serve  para acomodar o Missal  e é colocado sobre o Altar em posição de leitura.





Galhetas - Servem para se ministrar o  vinho e  a água destinados  ao santo Sacrifício. 





Píxide - Conhecida  também com os nomes de âmbula ou cibório, é destinada a guardar o "Pão da Vida" - as Hóstias consagradas, dentro do Sacrário. Na forma atual, existe desde o século XIII. 





Custódia - ou Ostensório destina-se a  expor aos  fiéis a Santa Hóstia, nas  bênção solenes do Santíssimo Sacramento. A Hóstia, em tamanho maior, é vista  através do vidro redondo, no centro da Custódia, estando numa pecinha de  duas lâminas, de ouro ou prata, em forma de  duas meias-luas, chamada  "luneta". 




Sineta - Objeto contendo pequenos sinos de uso manual destinado a anunciar o transporte da Hóstia consagrada e, durante a Missa, alertar aos cristãos a se ajoelharem no momento da consagração e durante a elevação da Hóstia e Cálice consagrados.  



Matraca - Instrumento de madeira firmado por tabuinhas movediças que se agitam manualmente durante as cerimônias quaresmais. 



Umbela - Espécie de pálio redondo,  semelhante a um guarda-sol destinado a cobrir o sacerdote que, em procissão,  leva o sacramento da Eucaristia de um ponto a outro, dentro das igrejas e outros recintos, e que é conduzido por uma só pessoa. 





Turíbulo- Utensílio próprio para incensar,  também  designado incensário ou incensório, utilizado em celebrações solenes da Igreja. 







PARAMENTOS OU VESTES LITÚRGICAS 
Amito  - É um lenço de linho,  branco, que recobre as  costas, os ombros e  o pescoço do sacerdote. Era  a  peça do vestuário que os povos antigos  usavam  para cobrir  a  cabeça, quando saíam  ao ar livre.   Recorda o pano  com que os soldados vendaram os olhos de  Jesus, para melhor ludibriarem-No.  Simboliza o capacete da fé, com o qual venceremos os nossos  inimigos. Ao vesti-la, o sacerdote faz a seguinte oração:  "Colocai, Senhor, sobre a minha cabeça, o capacete da salvação, para que eu possa resistir às ciladas  do demônio". 

Alva - Esta  palavra vem  do vocábulo "albus", que significa branco. É uma túnica talar, de linho  branco, que recobre todo o corpo.  Era usada pelos nobres  gregos e  romanos, e também pelos povos de  climas quentes, como se vê,  ainda hoje, em alguns países  do  Oriente  tropical.   Recorda a túnica branca de  escárnio com que Herodes mandou vestir Jesus.  Simboliza a pureza  do coração. Ao vesti-la, o sacerdote reza:  "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que , purificado com o Sangue do Cordeiro, mereça fruir  as  alegrias eternas". 

Cíngulo - É  um cordão  branco ou da cor dos  paramentos, de seda, linho ou algodão, com que o sacerdote se cinge  à cintura. Os antigos o usavam para maior comodidade,  a  fim de que a alva, comprida,  não os estorvasse nos trabalhos  ou nas longas  caminhadas. Recorda as cordas  com que  Jesus  foi atado pelos  algozes. Simboliza  o combate às paixões e  a pureza do coração. Ao cingir-se  com o cíngulo, o sacerdote reza:  "Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza e  extingui em meu coração o fogo da concupiscência, para que floresça em meu  coração a virtude da caridade".  
Manípulo -  É  uma faixa de pano, do mesmo  tecido e  cor da casula. Tem uns 40 cm de  comprimento e uns 12 de largura. É  preso ao braço esquerdo. Antigamente, servia para limpar o pó ou suor da fronte  durante as caminhadas e  trabalhos, ou ainda, com suas dobras,  fazia-se  as  vezes de  algibeira. Recorda as  cordas com que Jesus  foi manietado. Simboliza o amor ao trabalho, ao sacrifício e  às  boas  obras. Ao  acomodá-la ao braço, o sacerdote reza: "Que eu mereça,  Senhor, trazer este manípulo de dor e  penitência, para que possa, com alegria, receber os prêmios dos meus trabalhos".
Estola - É  uma faixa  de pano, do mesmo tecido e  cor  da casula e do manípulo. Mede uns  oito palmos de  comprimento e uns 12 cm de largura. Dá a volta ao pescoço, cruzando ao peito e passando sob o cíngulo, à altura da cintura. Os antigos a usavam como sudário ou como símbolo de autoridade e condecoração honorífica. Recorda as cordas com que Jesus  foi puxado ao Calvário. Simboliza  o poder  espiritual do sacerdote, bem como a nossa  dignidade de  cristão e  penhor de imortalidade.  Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Restituí-me, Senhor, a estola da imortalidade que perdi pelo pecado dos nossos  primeiros  pais;  e ainda que eu seja indigno de  acercar-me aos vossos  Santos  Mistérios, possa, contudo,  merecer a felicidade  eterna.  
Casula - É a  última  veste que o sacerdote usa,  por cima de todas as outras. Tem, geralmente, atrás,  uma grande Cruz.  Os antigos a  usavam como uma capa, nas estações chuvosas. Casula, em latim, significa "pequena casa".  Recorda a túnica inconsútil de Nosso Senhor, tecida, segundo a tradição, por Nossa Senhora. No Calvário,  os soldados  não  quiseram retalhá-la, mas sortearam-na entre si.  Simboliza o suave jugo da Lei de Deus que devemos levar, e que  se torna  leve  para as almas generosas.  Ao vesti-la, o sacerdote reza: "Ó  Senhor, que dissestes: ' o meu jugo  é suave  e o meu fardo é leve' (Mt 11, 30); fazei que eu possa levar a minha cruz de tal modo que possa merecer a vossa  graça". 
Dalmática - É  uma túnica originária da Dalmácia. É usada pelo diácono  nas Missas  solenes. O subdiácono usa, nas Missas  solenes, a tunicela, bastante parecida com a dalmática, mas que deve ser um pouco mais curta e  menos adornada que esta. 


Pluvial -  É uma capa comprida, usada pelos antigos  em  tempos de chuva, como indica o seu mesmo nome.  Atrás, em cima.  há uma dobra ou capucho, com que os antigos se  cobriam a cabeça, à semelhança de algumas capas  impermeáveis modernas.  O sacerdote a  usa nas Bênçãos  do  Santíssimo Sacramento, nas procissões e  outras funções litúrgicas  solenes.  


Batina ou hábito-   Veste talar dos abades, padres e religiosos, cujo uso diário é aconselhado pelo Vaticano. Alguns sacerdotes fazem o uso do Clerical ou "Clericman" como meio de identificação,  sendo esta uma peça única de vestuário, ou seja, um colarinho circular  que envolve o pescoço  com uma pequena faixa  branca central. 
Tonsura -   Corte circular, rente, do cabelo, na parte mais alta e posterior da cabeça, que se faz nos clérigos, também denominado cercilho ou coroa,  em desuso. A "Prima Tonsura" consiste em  cerimônia religiosa em que o prelado, conferindo ao ordinando o primeiro grau de clericato, lhe dá a tonsura.

                    As Vestes Litúrgicas
Para lidar com as coisas santas, o sacerdote se utiliza de sinais sagrados, usando vestes que o distingüem das outras pessoas. As vestes representam o Cristo cheio de glória e simbolizam a comunidade que crê no Cristo ressuscitado.
Alva: É uma veste muito semelhante à túnica, sendo toda branca. Simboliza a nova vida, a pureza e a ressurreição.
Amito: Usado por alguns sacerdotes, é um pano branco que envolve o pescoço e que é colocado sob a túnica ou a alva.
Casula: É colocada sobre todas as vestes e também cobre todo o corpo. A cor da casula varia de acordo com o tempo litúrgico (branca, verde, roxa, vermelha...). É uma veste solene, ampla, usada nos dias festivos como o Natal, a Páscoa e o Corpus Christi. Simboliza a paz e a caridade que devem envolver todos aqueles que se aproximam do altar.
Cíngulo: É um cordão que prende a alva ou a túnica à altura da cintura. Simboliza a vigilância, lembrando as cordas com as quais Jesus foi amarrado.
Estola: É uma faixa vertical, separada da túnica, que desce a partir do pescoço do sacerdote em duas partes sobre o peito, uma de cada lado. Sua cor também varia de acordo com o tempo litúrgico. Simboliza o poder conferido ao sacerdote, a caridade, o perdão, a misericórdia e o serviço.
Túnica: É um manto longo, geralmente na cor branca, bege ou cinza clara, que cobre todo o corpo. Lembra a túnica que Jesus usava, "sem costura de alto a baixo", sobre a qual os soldados romanos tiraram a sorte para decidir quem ficaria com ela.

                                                   
As Cores Litúrgicas
Quando vamos à Igreja, notamos que o altar, o tabernáculo, o ambão e até mesmo a estola usada pelo sacerdote combinam todos com uma mesma cor. Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode variar ou permanecer a mesma. Se acontecer de, no mesmo dia, irmos a duas igrejas diferentes comprovaremos que ambas utilizam as mesmíssimas coisas. Dessa forma, concluímos que as cores possuem algum significado para a Igreja. Na verdade, a cor usada em um certo dia é válida para toda a Igreja, que obedece um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia - indicada pelo calendário - fica estabelecida determinada cor. Mas o que simbolizam essas cores?
Verde: Simboliza a esperança que todo cristão deve professar. Usada nas missas do Tempo Comum.
Branco: Simboliza a alegria cristã e o Cristo vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, Corpus Christi, Festas de Nosso Senhor e de Nossa Senhora, Festas de Santos, exceto os mártires, quando se usa vermelho, etc. Nas grandes solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais especificamente, o dourado.
Vermelho: Simboliza o fogo purificador, o sangue e o martírio. Usada nas missas de Pentecostes e santos mártires.
Roxo: Simboliza a preparação, penitência ou conversão. Usada nas missas da Quaresma e do Advento.
Rosa: É uma cor intermediária entre o roxo (da Quaresma ou Advento) e o branco da (Páscoa ou Natal). Simboliza a alegria que já se aproxima, a Páscoa e o Natal, usada, exclusivamente, no terceiro domingo do Advento (chamado domingo Gaudete) e no quarto domingo da Quaresma (chamado domingo Laetare).
Azul: Em desuso, usada nas missas em dedicação à Nossa Senhora, simboliza o Manto Azul de Nossa Senhora.
Preto: Também em desuso, simboliza a morte. Usada em funerais, vem sendo substituída pela cor Roxa.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

                                       

Espiritualidade das Origens

Espiritualidade que parte da própria experiência
Afonso, em toda a sua ação e em todos os seus escritos, baseia-se sempre na própria experiência. Não faz e nem escreve nada que ele mesmo não tenha vivido e experimentado. Nos livros sobre oração estavam suas orações; os livros sobre a meditação estavam cheios de suas meditações; os livros sobre a Paixão foram feitos ao pé do Crucifixo; as visitas ao Santíssimo foram escritas sobre os joelhos, diante do tabernáculo.Sentir-se amado por Deus; descobrir que Deus não é um juiz impiedoso, mas é um Pai misericordioso.
Isso o levou a dedicar-se inteiramente a Deus e, assim, dar sua resposta de amor. Ao longo de sua vida, é isto que ele fará: será sempre uma resposta a esta experiência de conversão ao Deus do amor. Seus escritos sobre o Natal, a Paixão ou a Eucaristia, seus escritos sobre Nossa Senhora, sobre a oração ou seus princípios da moral, serão sempre uma resposta a sua experiência pessoal e profunda do Deus de amor.
O mesmo se deve dizer sobre a obra da fundação da Congregação. Esta ideia baseava-se sobre a longuíssima experiência de oração, na qual Afonso procurava compreender qual era a vontade de Deus; baseava-se na experiência concreta dos abandonados pastoralmente, encontrados em Scala, que foi como uma centelha que inflamou toda a sua pessoa. Se Deus é o Pai misericordioso experimentado por Afonso, ele se sente obrigado, enviado, a falar deste Deus aos abandonados, porque estes também devem ouvir que são amados por esse mesmo Deus. Ele também experimentou o Deus que não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva; e que Deus enviou seu Filho para salvar a todos. Esta era a experiência de Afonso e da qual provém o motive de sua Congregação: “Copiosa apud eum redemption” (“Junto d’Ele a Redenção é abundante” – Sl 129). O fato de encontrar tanta gente abandonada motivou-o a fundar a Congregação e também a refazer toda a sua visão teológica, especialmente teológica moral, para que pudesse responder à situação concreta das pessoas.
Espiritualidade da redenção abundante
Afonso apresenta o Cristo pleno de compaixão, com o braço amplamente aberto, como para abraçar a toda a humanidade e para salvar a todos. O Cristo de Afonso não é um Salvador de um grupo eleito, mas é salvador universal, porque perto dele a redenção é abundante.
Para Afonso, a redenção é, antes de tudo, um dom (dom gratuito e não merecido); a redenção é purificação, justificação, satisfação, mediação… porém, antes de tudo, é o dom do amor, doação, o dom do Filho por parte do Pai. É a graça, dom, presente, iniciativa amorosa do Pai. Este dom de Deus tem seu próprio nome e se chama Jesus Cristo. O Pai não reserva para si mesmo o próprio Filho, mas o envia ao mundo, a fim de que o mundo encontre n’Ele sua redenção. É interessante que, quando Santo Afonso cita o texto de João 3,16 : “Tanto Deus amou o mundo que lhe deu seu próprio Filho”, quase sempre salienta a primeira palavra e diz: “Oh, quanto isto é significante!”
A redenção, portanto, não é tanto a necessidade de justiça para com Deus, mas muito mais a obra de amor de Deus para com o Homem. Deus se deu a nós, porque o seu amor o levou a isto. Desde o momento da Encarnação, Deus é nosso, porque se deu a nós incondicionalmente e sem reservas. Deus, dando a nós seu Filho, pronunciou sua última palavra, de tal forma que esta união entre Deus e nós não pode se romper mais, embora possamos rejeitá-lo com nosso pecado.
A resposta do homem redimido só pode ser uma: a resposta do amor. Deus se fez carne para conquistar nosso amor. Portanto, todos fomos salvos e todos somos chamados à santidade. Afonso começa seu livro “A Prática do Amor a Jesus Cristo” com esta frase: “Toda a santidade e perfeição de uma alma consiste em amar Jesus Cristo, nosso Deus, nosso sumo bem, nosso Salvador”. E acrescenta mais adiante: “Alguma pretensão de santidade depende de muita oração, além de muito sacrifício, dar esmola; contudo tudo o que o cristão deve fazer é responder com amor a Deus, que nos amou tanto através de seu Filho”. Daí se vê que a santidade é possível para todos; cada um pode alcançá-la em sua própria profissão. Cada pessoa deve expressar sua gratidão pela salvação por meio de seu serviço pela obra da redenção; cada um que experimentou o dom da salvação torna-se responsável pela redenção do próximo. A obra da “Capela Vespertina” (Capelle Serotine) era onde Afonso preparava um grupo de pessoas para tornarem-se apóstolos, cada um em seu ambiente; é apenas um dos muitos exemplos maravilhosos.
Espiritualidade Cristocêntrica
O núcleo essencial da espiritualidade alfonsiana é o Cristocentrismo. Na Encarnação de Cristo, toda a criação encontra seu pleno sentido; em sua Morte se restabelece o senso pleno da existência humana. Cristo torna-se o revelador do imenso amor de Deus para com o Homem e para com toda a criação. O Mistério da Redenção começa com a Encarnação, porém se realiza sempre mais na Paixão e na Eucaristia. A Encarnacão alcança sua plenitude na Paixão e da Paixão prolonga-se na Eucaristia. O Cristocentrismo alfonsiano concretiza-se no Verbo Encarnado, no Jesus crucificado e no Jesus eucarístico. Estes são os três momentos da vida de Jesus que são os momentos privilegiados por nós, porque eles expressam sempre mais o dom salvífico de Deus. E, assim, a Encarnação tornou possível sua dedicação por nós, a Paixão a tornou eficaz e a Eucaristia a tornou palpável. Por meio desses três momentos podemos nós, já agora, experimentar esta união com Deus, que os santos gozam no céu.
Espiritualidade do otimismo
Afonso foi um dos maiores ascetas na História da Igreja. Suas penitências e mortificações são impressionantes. O desapego (distacco) é uma das palavras-chave da vida do santo. Mas Alfonso não foi um homem triste, negativo, fechado em si mesmo. Muito pelo contrário, ele era um homem feliz, cheio de sol e música napolitana. Suas canções são cantadas até hoje, certamente porque são plenas de alegria e espontaneidade, que correspondem à natureza do povo napolitano. Ele é também um homem das artes. Não compreende apenas o desenho, a pintura, a música, mas alegra-se por ter em suas mãos o lápis, o pincel, tocar címbalo.
O otimismo da espiritualidade de Santo Afonso reflete-se em sua bondade pastoral. Ele estava convencido de que os sermões que causavam medo não conduziam a uma conversão duradoura. Ao contrário daqueles que suscitavam o amor, aqueles sim levam à conversão profunda e definitiva. Na esperança de que podemos confiar em Deus, porque sabemos que Ele assume nossa condição e quer nossa salvação. Na oração, nós recebemos a graça necessária e suficiente para responder a Deus com amor e perseverar no serviço do bem.
A espiritualidade alfonsiana não é uma espiritualidade do otimismo ingênuo e nem uma receita fácil. Ela exige uma conversão sincera (conversão de amor) e exige uma luta contínua por escolher o bem. Vencer esta luta só é possível com a ajuda da oração.

 



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013




                          


Quem são os coroinhas
Os (as) Coroinhas são crianças, meninos e meninas que realizam em sua vida a experiência do discipulado e do serviço à comunidade, de modo especial nas celebrações eucarísticas. Desde uma tenra idade (6-10 anos) essas crianças são convidadas a doar sua vida e testemunhar Nosso Senhor Jesus Cristo. São convidados a dar testemunho da sua missão também na família, na escola, no grupo de catequese e assim por diante.
Qual a missão dos coroinhas
O Coroinha tem como missão fundamental de auxiliar nas celebrações eucarísticas e nos demais serviços que comunidade necessita juntamente com o auxilio de um acólito. Dá testemunho do amor de Deus que chama a muitos como outrora ao jovem São Tarcísio e Santa Maria Goretti a dar sua contribuição na construção do Reino de Deus no ambiente onde está inserido, seja na família, no grupo de Coroinhas, na comunidade, na escola, etc. Por atuar diretamente nos serviços do altar e da comunidade o Coroinha também tem por missão, o zelo pela comunidade como ambiente de oração, favorecendo a oração comunitária e o bom ambiente celebrativo, além de defender a Eucaristia, a exemplo de seu padroeiro São Tarcísio.
A espiritualidade de um coroinha
Por atuar diretamente nos serviços do altar a espiritualidade central do chamado a dar testemunho da presença real de Jesus Cristo na Santa Eucaristia e das bênçãos que Ele derrama em sua Igreja. Piedade, a oração, a adoração à reverência e gosto pelos demais sacramentos. A espiritualidade do Coroinha é a espiritualidade eucarística. O Coroinha, em cada celebração eucarística, torna-se pequeno guardião e defensor da sacralidade da Eucaristia.